dezembro 10 2018 0Comment

Sondagem de solo ajuda a evitar problemas de fundação

O trabalho é indispensável em qualquer tipo de obra, pois fornece características precisas sobre o terreno

Sondagem de solo também conhecida como radiografia de solo, é uma ação indispensável em qualquer tipo de obra e deve ser realizada juntamente com o estudo topográfico. É por meio dela que são determinados tipo e resistência do solo, profundidade de cada camada e presença de água no subsolo. “É o primeiro trabalho a ser feito. Não é possível executar a sondagem de modo adequado sem as referências da topografia, pois os furos para análise do subsolo têm de estar locados em pontos exatos do terreno e no nível geral em que a edificação estará”, afirma o engenheiro Artur Quaresma.

O porte da obra e o tamanho do terreno são características que influenciam a atividade. Em áreas menores, realizar apenas um furo é um erro que pode resultar em dados imprecisos. “Às vezes, amostrar somente um ponto não é significativo. O mínimo recomendado são dois furos e o ideal são três. Quando são feitos dois pontos de sondagem, ao traçar o provável perfil do subsolo, só haverá um plano de interpretação. Já quando há três perfurações, o resultado abrangerá três planos de interpretação”, explica o especialista, lembrando que, em terrenos maiores, o número de pontos varia conforme o tamanho da área. “Questão de igual importância é a distância entre os furos: não é recomendável que os pontos tenham mais do que 25 m de distância entre si”, completa.

TIPOS DE SONDAGEM

Existem dois tipos, e o primeiro deles é à percussão. Esse trabalho consiste em cravar o amostrador padrão no terreno, por meio de golpes de martelo, para medir a resistência do solo. A cada metro de profundidade, se obtém uma medida de resistência. Quando se encontra uma rocha, não é mais possível cravar o equipamento e se torna necessário cortar a pedra. Essa ação é a chamada sondagem rotativa. Para realizá-la, é usada coroa de diamante na ponta da tubulação fincada no solo, cortando a rocha e permitindo o aprofundamento do equipamento, que avança conforme vai rodando e cortando o minério. “Esse tipo não mede a resistência da rocha, mas indica sua qualidade, apontando sua condição, como eventuais fraturas ou se está conservada, entre outras informações. Caso seja necessário obter a resistência da rocha, é retirado tarugo e ensaiado em laboratório”, fala Quaresma.

Em algumas situações, é necessário executar os dois tipos de sondagem no mesmo terreno. Isso acontece, por exemplo, quando um trabalho à percussão é iniciado, mas, em determinado momento, ao encontrar uma pedra no caminho, não é mais possível avançar. Segundo Quaresma, é necessário definir se ali há somente uma bola de pedra, chamada matacão, com outras camadas de solo abaixo ou se aquilo já é a rocha. Nesse momento, a sondagem à percussão é interrompida e a rotativa é iniciada. “Se avançar, conclui-se que era realmente a rocha, porém, se voltar para o solo, fica constatada a presença do matacão”, detalha o profissional.

POR QUE FAZER A SONDAGEM?

Quando não se conhece o que há no subsolo, é grande a chance de super ou subdimensionar afundação ou a estrutura. Para evitar acidentes e também economizar no total gasto com a construção, é fundamental conhecer a resistência do solo. “A compreensão exata da capacidade do solo, aliada a um bom projeto, resultará em estrutura mais leve, o que requer menor quantidade de matéria-prima”, destaca Quaresma. Além disso, corrigir os danos resultantes de problemas de fundação quando a obra já está pronta ou em andamento é ação difícil e cara. “É muito mais barato investir em uma boa sondagem”, alerta.

Fonte: AEC Web

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